Principal causa é alimentar, mas fator psicológico também precisa de atenção. Veja dicas de especialista Quem sofre com os sintomas da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) pode sentir desconfortos em relação ao aumento de gases. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo e especialista em endoscopia digestiva, Eduardo Grecco (CRM 97960 SP / RQE 49126), alguns pacientes se queixam da piora dos sintomas do refluxo em função do problema que, na verdade, é um sintoma atípico da DRGE. Segundo Grecco, a formação dos gases está relacionada à alimentação, principalmente, ao consumo excessivo de alimentos leguminosos como feijão, grão de bico, ervilha, folhas como o repolho, bebidas gasosas, álcool e gorduras. Conforme a explicação do cirurgião, esses gases levam a uma fermentação que provoca o estufamento abdominal. “O consumo desses alimentos faz com que o paciente sinta um desconforto epigástrico, associado ao aumento da produção ácida do estômago. A má alimentação, com o excesso de produtos que elevam essa produção de gases, leva a uma distensão do estômago, facilitando e favorecendo o refluxo”, afirma ele. A forma mais comum de eliminar esses gases é pela eructação, popularmente conhecida como arroto. Em alguns casos, Eduardo Grecco ressalta que a prática se torna uma mania dos pacientes, que buscam alívio para o desconforto. “O arroto, que cientificamente chamamos de eructação, é um sintoma atípico da DRGE, no entanto, muitos pacientes se queixam da passagem dos gases e alegam que precisam liberar isso o tempo todo. Algumas pessoas inclusive se acostumam e têm a prática quase como uma mania, pois provocam o arroto na tentativa de se aliviarem, mas, na verdade, isso é um problema na digestão e no emocional”, afirma o cirurgião. *Como evitar?* Para evitar a formação dos gases, Grecco afirma que a orientação é reduzir o consumo dos alimentos que aumentam a produção ácida. “O primeiro passo é o trabalho alimentar. É preciso ter cuidado com o comportamental, mastigar bem o alimento, não conversar muito durante as refeições, manter uma alimentação equilibrada, evitar bebidas gasosas como refrigerantes e álcool, além das frituras e gorduras. É importante destacar também o cuidado com o lado emocional, para que o paciente não force essa situação da eructação”, ressalta. *Tratamento com Esophix* Segundo Eduardo Grecco, o tratamento com a implantação do dispositivo Esophix, por meio da fundoplicatura endoscópica, é indicado para esses pacientes por melhorar o tônus muscular da válvula gastroesofágica, mas ele destaca que também é fundamental buscar auxílio psicológico, para evitar a eructação. Ainda de acordo com o médico, em alguns casos, mesmo após o procedimento cirúrgico, quando o lado psicológico não é tratado com a devida atenção, os pacientes permanecem com queixas. “Com a fundoplicatura endoscópica nós não temos tantos sintomas adversos, então o procedimento é bastante indicado, mas existem casos em que foi realizada a fundoplicatura convencional e, os pacientes se queixarem posteriormente que não conseguiam mais eliminar os gases, que estavam com dificuldade de eructação. Em algumas situações, com endoscopia e exames, fica comprovado que isso é uma questão emocional, já que não há problema de fato, é apenas o hábito que se tornou mania”, diz ele.
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